Alguns jovens acabam tendo nesse período o primeiro contato com o álcool, estimulados por outros colegas.
Essa primeira experiência pode ser a porta de entrada para um hábito extremamente nocivo que causa dependência, com graves conseqüências para a saúde.
O alerta é do médico especialista em adolescentes Maurício de Souza Lima, do Hospital das Clínicas de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde.
O médico menciona levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas segundo o qual 48,3% dos adolescentes entre 12 e 17 anos já beberam alguma vez. Desses, 14,8% bebem regularmente e 6,7% são dependentes do álcool.
Para Maurício de Souza, a situação alarmante é agravada pela facilidade de acesso às bebidas alcoólicas entre os jovens brasileiros.
Segundo o especialista, o uso freqüente do álcool na adolescência produz danos ao cérebro, afetando a memória e prejudicando a aprendizagem, além de favorecer o desenvolvimento de problemas familiares, como a violência, e de uma vida sexual promíscua.
Ele conclui o estudo dizendo que, "quanto mais cedo uma criança ou adolescente tiver contato com o álcool, mais chance terá de se tornar dependente".